O que é a neurose? É Normal ser neurótico? Sou neurótico? Tema sugerido por @anaschn
O que é “Normal”?
Em geral, o próprio conceito de normalidade esta atrelado a dimensão dos neuróticos, a noção de coletivo, de um sujeito social, que vive dentro de uma ordem estabelecida pela cultura. O neurótico constrói para si um paradigma de normalidade, um limite que o diferencia e o distancia da “loucura”. Mas a neurose é uma patologia? Tem cura? Não se pode pensar em cura para algo que não é doença.
O que é a neurose para a psicanálise?
Para entendermos a neurose, é preciso compreende-la como uma estrutura de linguagem, ou seja, uma das possíveis estruturas escolhidas pelo sujeito pelo qual o mesmo irá operar em sua relação com o outro. Em psicanálise, é possível pensar em três manifestações distintas do desejo para a neurose, na neurose histérica, um desejo insatisfeito, na neurose obsessiva um desejo impossível e na neurose fóbica um desejo prevenido.
Qual a diferença entre neurose e psicose?
Na neurose, o sujeito habita a linguagem, ao passo que, na psicose, o sujeito é habitado pela linguagem. Quando não há significação fálica no sujeito psicótico, e não há operação das leis de simbolização, o psicótico se utiliza das palavras numa tentativa de burlar as leis do símbolo (LACET, 2004).
Para a psicanálise, a neurose se origina de uma luta do ego, que posteriormente continua no id, a fim de recalcar um impulso proveniente deste, que contradiz com os princípios do ego e do superego. A partir daí surgem representações substitutivas que se impõe ao ego, constituindo o sintoma. Logo, o ego continua a lutar contra o sintoma, e está então constituído o quadro neurótico.
Qual o tratamento para a neurose?
É possível pensar que o sujeito neurótico goza por via do sintoma, e é na clinica que esse sintoma se manifesta, nos equívocos de linguagem, nos chistes, nos atos falhos, e o trabalho ocorre em direção a elaboração desses sintomas, não no sentido de eliminação ou cura, mas de elaboração, afinal, se eliminado os sintomas o que sobra do sujeito?
Referências:
Lacet, C. (2004). The forclusion of the name of the father to the general forclusion: Considerations about the theory of psychosis to Lacan.
Psicologia USP, 15(1/2), 243-262.
A respeito do diagnóstico realizado na clínica psicanalítica, Assista o vídeo:
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PARA A PSICANÁLISE | Isaías Ferreira
@bruno-moraes
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